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Tropeção, o carteiro brincalhão

Conheça as histórias deste carteiro divertido,
formado em medicina mas que preferiu entregar
cartas. João Tropeção, o carteiro brincalhão,
coloca seu nariz de palhaço e faz diversas
brincadeiras divertindo todo mundo.

Leia aqui mesmo. Selecione um capítulo e divirta-se!

Capítulo 1

O Apelido

Onde moram a Florinda e a Florisbela, você lembra? A resposta é no Cassino, a maior praia do mundo.

A Florinda e a Florisbela são órfãs, não conheceram seus pais, mas elas têm a tia Cândida. A tia Cândida é a mãe adotiva da Florinda e da Florisbela.

Elas adoram morar na praia, onde a maioria das pessoas passa as férias. Para brincar, receber os amigos e se divertir é muito bom. Mas existem vantagens e desvantagens em morar na praia. Onde você mora tem praia? Quais são as coisas boas de morar na praia? É uma praia movimentada ou uma praia calma? Se você não mora numa praia, você acha que gostaria de morar? (pedir respostas)

E quais são as desvantagens? As coisas que não são muito boas? (pedir respostas) A areia pode sujar nossa casa mais facilmente, se a praia for pequena talvez não tenha clube nem cinema. Os amigos que tem casa de veraneio durante o ano voltam para suas casas na cidade e assim fica mais difícil brincar com estes amigos fora da época de férias. (comentar)

Mas a Florinda e a Florisbela não acham ruim morar longe da casa dos amigos. Elas adoram viajar, e visitar as cidades onde os amigos moram.

Elas também podem conversar com os amigos pelo computador, duas vezes por semana, as terças e quintas feiras, um pouco antes de irem dormir. E elas sabem utilizar um modo muito especial de se comunicar com os amigos. Aos domingos, elas escrevem cartas. Você já recebeu alguma carta? (pedir respostas) Se ainda não, escreva sua primeira carta, a pessoa que receber com certeza irá enviar outra carta para você como resposta. A Florinda e a Florisbela respondem todas as cartas que recebem. (comentar)

Foi desta forma, escrevendo e recebendo cartas, que elas conheceram o Tropeção, o Carteiro Brincalhão. Ele se fantasia de palhaço para entregar as cartas para as crianças. Vocês conseguem adivinhar por que é que o apelido do Carteiro Brincalhão é Tropeção?

Então, Tropeção é parecido com tropeçar, cair…

E foi isso mesmo que aconteceu. O Tropeção, antes de ser carteiro, passava horas e horas na frente do seu computador, só largava o computador para buscar guloseimas na cozinha ou jogar vídeo game. Não saia de dentro de casa. Se não saia de casa, como vocês acham que o Tropeção conheceu a Florinda e a Florisbela? (na próxima parte você vai conhecer a história do tropeção)

Capítulo 2

Tudo se apagou

A história do Tropeção é a seguinte:

Seu Sebastião Canela, o antigo carteiro, já estava em idade de se aposentar. Não conseguia mais cumprir a importante tarefa que é entregar as correspondências nas casas das pessoas. Você sabe o que são correspondências? (pedir respostas) Contas para pagar, cartas, cartões postais, mensagens importantes, encomendas.

Nosso amigo Tropeção, antes de ser carteiro, passava todos os dias dentro de casa sem falar com ninguém, poucas pessoas sabiam que seu nome era João.

João passava os dias e as noites na frente da televisão e do vídeo game. (comentar ser um mau hábito)

Certo dia destes, no meio da jogatina, tudo se desligou, inesperadamente, na frente dele. Apagou de repente a luz, televisão, vídeo game. Tudo. Ele correu para ver a geladeira, também desligada. Colocou a cabeça pela janela da cozinha e gritou para sua vizinha:

– Ô Dona Berenice, faltou luz ai na casa da senhora????

Nem esperou ela responder, já estava gritando novamente: (comentar a falta de paciência)

-Ô Dona Be…

João nem conseguiu terminar de gritar seu nome inteiro, Dona Berenice surgiu apressada, cheia de roupas em cima dos ombros.

– Boa tarde. Estava lá dentro passando roupa. (comentar que ela cumprimentou e ele não)

– Mas se a senhora estava passando roupa, então tem luz na sua casa, o que foi que aconteceu aqui na minha casa que desligou tudo?

– Olhe menino… Dona Berenice começou a explicar:

– O Seu Sebastião Canela já não pode mais entregar as correspondências, e por conta disso o moço da companhia elétrica está indo de casa em casa fazer a cobrança. Ele bateu e bateu na sua porta e você nada de atender. Eu também tentei lhe chamar, gritei, gritei nada. Ai eles tiveram que cortar a sua Luz, e deixaram dito que você vai ter que ir pessoalmente e pagar lá mesmo para que eles possam ligar tudo de novo.

Furioso e indignado e sem sequer se despedir da Dona Berenice, João saiu porta fora, não lembrou nem de fechar a casa, decidido a ir até a prefeitura para fazer uma reclamação.

(na próxima parte você vai saber o que aconteceu na prefeitura)

Capítulo 3

Carteiro por um mês

Sem fazer exercício á muito tempo, sempre parado na frente do computador, em pouco tempo João já estava cansado. Chegou a Prefeitura quase sem conseguir falar direito, bufando. Disparou uma ordem para a senhora que estava fazendo os atendimentos:

– Mande chamar o Sr. Prefeito! (comentar sobre as atribuições de um prefeito)

A moça se apresentou:

– Boa tarde. Meu nome é Maria Angélica, sou a secretária do prefeito. Ele esta em Rio Grande, posso ajudá-lo? Estou vendo que você esta ofegante, aceita um copo de água? (comentar a atitude de bom atendimento da secretária)

Um pouco mais calmo, depois de respirar fundo e beber um pouco de água, João começou a contar seu caso:

– Olha Dona Maria Angélica, lá na minha casa aconteceu um absurdo. Cortaram a minha luz e mandaram dizer que é culpa do tal Sebastião Canela, que não está mais querendo trabalhar. E como sei que essa coisa de ficar levando cartinhas na casa das pessoas é coisa que qualquer um pode fazer, resolvi vir até aqui perguntar por que foi que vocês ainda não resolveram isto.

Do fundo da sala, um senhor de mais idade, de barbas brancas e com jeito de papai Noel respondeu calmamente:

– Meu filho, eu sou o “tal Sebastião Canela”. Infelizmente eu não estou mais conseguindo fazer as entregas. Você tem um pouco de razão, entregar as cartas sempre foi para mim uma coisa fácil, mas já não posso mais. Mas é uma coisa fácil para quem tem prática. Três moços assim como você já tentaram me substituir. O que aguentou mais tempo durou apenas uma semana, os outros dois não passaram do primeiro dia.

– Você que acha que levar cartinhas nas casas é fácil, será que aguentaria fazer isso por mais de uma semana? (pedir respostas e comentar)

Sem saber muito bem o que estava dizendo, ainda estava furioso com toda situação, João respondeu para Seu Sebastião sem pensar em mais nada, ao mesmo tempo se dirigindo a secretária do prefeito:

– Qualquer um pode fazer isto. Contem comigo por um mês, é tempo suficiente para conseguirem alguém definitivo. Pode ir me passando este sacolão de cartas que eu já estou indo levar as contas atrasadas agora mesmo.

Dona Maria Angélica chamou o jovem reservadamente. Explicou que o trabalho de um carteiro exigia vários cuidados, algumas casas não possuíam caixa para correspondência nem campainha, outras tinham no pátio cachorros que estranhariam a sua chegada, e que ele teria que fazer longas caminhadas para entregar todas as cartas. (na próxima parte você vai saber o que aconteceu quando Tropeção foi entregar as primeiras cartas)

Capítulo 4

As primeiras entregas

Quando João se deu conta que estava assumindo um compromisso sério, chegou a pensar em desistir, mas como tinha dado sua palavra, foi perguntar para o Seu Sebastião Canela, por onde deveria começar.

Seu Sebastião Canela começo explicando que utilizar o uniforme e o crachá de identificação era forma de dar segurança para as pessoas que os recebiam nas suas casas. Finalmente explicou qual era o melhor roteiro a ser seguido e recomendou o uso de protetor solar. Você sabe o que é um roteiro? (pedir respostas e comentar)

João ainda insistiu que já queria fazer suas primeiras entregas naquela hora mesmo. Mas Seu Sebastião Canela lembrou que ele ainda precisava ir até a companhia elétrica resolver o problema da luz da sua casa, e que ele retorna-se no dia seguinte, as 8:00hs.

João saiu da Prefeitura animado. No fundo sabia que há muito tempo não fazia nada de útil. Trabalhando como carteiro por um mês poderia se divertir e ainda ganharia dinheiro para comprar jogos novos. Ele só não tinha se dado conta que estava sem preparo físico para caminhar e carregar as cartas e encomendas.

No dia seguinte, João chegou à agência do correio no horário marcado, 08:00hs. Vestiu seu uniforme e foi pegar a sacola com as cartas e encomendas. Seu Sebastião já tinha estado lá mais cedo e deixou todas as instruções por escrito.

João deveria começar pela avenida principal, passando por todas as casas e prédios. Depois deveria deixar o malote na rodoviária para ser despachado no ônibus, em seguida percorrer as ruas laterais, e a última tarefa seria entregar uma caixa na casa da Professora Cândida, suas sobrinhas, Florinda e Florisbela estavam esperando a encomenda há alguns dias e já estavam ansiosas.

João posicionou a sacola a tiracolo, e sentiu na pele que não era qualquer um que poderia carregar aquele peso. Na primeira quadra da Avenida principal, já estava sentindo o suor escorrer pelo seu rosto. Bem antes de chegar à rodoviária, já estava muito cansado. Enquanto fazia as entregas, aprendia na prática que aquela tarefa não era tão fácil e percebeu que não apenas ele, mas a maioria das pessoas não entendia a importância do trabalho dos carteiros.

Depois de deixar o malote na rodoviária, João passou a distribuir as cartas nas ruas laterais. Diante de uma casa grande com muros altos, procurou pela campainha e não encontrou. Algumas encomendas não podem ser soltas na caixa de correspondência, o carteiro precisa entregar para o destinatário e pegar sua assinatura confirmando o recebimento.

João bateu palmas, até ouvir um grito: (na próxima parte você vai saber o que aconteceu na casa de muros altos)

Capítulo 5

Cansado e quase desistindo

– Já vai, já vai. Apareceu uma senhora com uma toca e um pincel na mão, com a testa toda manchada, vestindo um roupão preto. Aproximou-se do muro, e sem abrir a porta, olhou para ele com ar de desdém, dizendo:

– O que é que você quer? Eu não encomendei nada.

João explicou que não sabia quem era o remetente, mas que o destinatário era a Dona Úrsula. (explicar que remetente é quem enviou a carta, e que destinatário é para quem a carta esta sendo enviada)

– Preste atenção. A senhora ordenou com sua voz alta e estridente.

– Doutora Úrsula sou eu mesma. Você pode me entregar logo e eu também preciso uma caneta para assinar. Dito isso arrancou a encomenda da mão do João e ficou com a mão estendida esperando pela caneta. João colocou a caneta na mão dela. Ela assinou o recibo de entrega, João agradeceu, guardou o recibo e foi embora.

Antes de chegar ao seu último destino, a casa da Florinda e da Florisbela, ainda foi ameaçado por um cachorro de guarda e levou um choque numa campainha mal isolada.

Havia caminhando até ali quase 20 Km desde a saída na agência do correio. Avistou no final da última quadra uma casinha em cima de uma árvore, onde duas crianças brincavam com uma luneta. Apressou o passo, ávido por entregar a ultima encomenda do dia e voltar logo para sua casa e enfim descansar. Chegando perto do portão principal, que estava aberto, pode dar uma boa olhada em tudo ao redor e ficou deslumbrado. João nunca tinha visto nada parecido, nunca imaginou que uma casa daquelas pudesse existir.

A primeira coisa que lhe chamou atenção foram as dunas altas no fundo do terreno, com duas filas de bandeirinhas demarcando uma pista de sandboard. Ao centro, uma piscina com duas goleirinhas para jogar polo aquático, coisa que ele só tinha visto pela internet. Junto à piscina uma grande torre com três patamares, trampolim no primeiro, plataforma de saltos no segundo e mirante no alto, construída como se fosse o mastro principal de um navio. No topo da torre uma biruta em formato de tubarão com a cauda murcha indicando que o vento soprava de sul e estava fraco. Uma ponte pênsil ligava o segundo andar da torre até uma varanda na parte superior de um grande galpão feito com toras. Atrás do galpão dava pra avistar um campinho, e ao lado do campinho uma construção que parecia ser uma daquelas estufas onde são cultivadas mudas de plantas.

A esquerda do terreno, uma árvore enorme com uma casinha incrustada na copa, João agora podia vê-la de frente. As crianças já não estavam mais ali em cima, mas a luneta ainda estava presa por um tripé. Deu mais um passo, e pode ver que as duas crianças estavam saindo de dentro do que num primeiro momento pareceu ser uma piscina vazia, mas que na verdade era uma pista de skate construída no meio do caminho entre o portão e a casinha na árvore.

A direita, instaladas junto ao portão como se fossem a muralha do parque de diversão das crianças, 4 casas construídas lado a lado, formando uma letra E deitada de costas. (na próxima parte você vai saber o que aconteceu na casa da Florinda e da Florisbela)

Capítulo 6

O tombo e a decisão

Deslumbrado e ao mesmo tempo exausto daquele dia de caminhadas, João não percebeu o calço do portão, junto ao acesso principal, tropeçou e a sacola de cartas e encomendas se arrebentou, espalhando tudo pelo pátio, ele ficou ali caído, desmaiado, a última coisa que viu foi o céu girar ao seu redor, e apagou. Enquanto isso a Florinda e a Florisbela já chegavam para prestar os primeiros socorros.

Quando João acordou estava deitado no sofá da casa da Tia Cândida. Com um galo na cabeça, no dedão do pé um curativo. E com duas crianças ao seu lado com os olhos arregalados.

A Florinda olhou pra ele e saiu cantarolando…

– Tropeção, Tropeção, Tropeção…

E a Florisbela logo perguntou:

– Qual é o seu nome? Esse crachá que você esta usando é do Seu Sebastião Canela, ele é nosso amigo. Você vai ser o nosso novo amigo carteiro?

João olhou para aquelas duas meninas, e com cara de assustado perguntou:

– Nome? Eu não lembro qual é meu nome. Carteiro, o que é carteiro?

Ai sim que a Florinda desatou a rir sem parar, enquanto Tia Cândida chegava com o Dr. Leopoldo.

O Dr. Leopoldo cumprimentou as meninas, mas pediu que elas ficassem quietas um pouquinho para que ele pudesse examinar o carteiro. Explicou para elas que qualquer batida na cabeça poderia causar uma lesão grave. (comentar que para andar de skate e esportes radicas precisa usar capacete)

Depois de fazer os exames, João começou a recuperar a memória, lembrou seu nome e tudo mais que tinha acontecido naquele dia.

Relembrou as pessoas que não o cumprimentaram, como se ele fosse um intruso a importuná-las, e decidiu que a partir daquele dia cumprimentaria educadamente todas as pessoas.

João compreendeu que a tarefa que o Seu Sebastião Canela desempenhava como carteiro era uma nobre missão. Desistiu de trabalhar apenas por um mês. Decidiu que iria se dedicar, e que a partir daquele dia ser carteiro seria sua profissão.

João também adorou toda animação e alegria da Florinda e da Florisbela. Explicou para Florinda que estava usando o crachá com o nome do Seu Sebastião por que o dele ainda não estava pronto, aquele era o seu primeiro dia como carteiro.

Chegando a agência do correio, chamou o Seu Sebastião, contou tudo que tinha acontecido naquele dia, pediu desculpas pelas suas indelicadezas, e fez um pedido:

Seu Sebastião, por favor, mande colocar no meu crachá: Tropeção

E a partir daquele dia, Tropeção começou a distribuir as correspondências para as pessoas com muita alegria e boa vontade.

O Tropeção leva escondido na sacola de cartas um nariz de palhaço, sempre que encontra crianças, coloca o nariz de palhaço, e anuncia: Chegou o Tropeção, o carteiro brincalhão!

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